10 de ago. de 2011

Uma flor morreu e eu não chorei…

No dia 06 de agosto, dia que a Igreja festeja a Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma flor morreu.

Veio para embelezar e alegrar a terra, porque esta é a principal missão de uma flor.

Veio para ensinar que mesmo nas horas difíceis um sorriso vale mais que uma lágrima e que nas horas de alegria, uma lágrima fala mais que sorrisos e palavras.

Veio com a calma de quem é professora (mesmo sem ter tido mestres), repleta de carinho para dar, porque amar era sua melhor tradução.

Veio com a finalidade de ser mãe e, repentinamente, se vê mãe aos 15 anos ao ter que criar, juntamente com outra jovem flor, seus quatro irmãos mais novos.

Prossegue a missão tendo 10 filhos, criando 9 deles por vontade de Deus e assumindo parte da criação de mais um filho, desta vez, de coração. Contudo, não lhe bastou a missão de mãe dos irmãos e mãe dos filhos. Era pouco!

Era muito pouco para aquela que veio para embelezar e ensinar e, assim, se transforma em mãe-avó, sendo tantas vezes, mais mãe que avó.

Esta flor, totalmente dedicada ao amado marido e aos filhos de todas as fases, seguiu os desígnios do Senhor nos seus 90 anos de existência e partiu com a mesma leveza que primou sua vida. Deus na sua infinita bondade colheu a flor com Sua suavidade divina para enfeitar o jardim celestial e, deixou para todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la, a lembrança da luz que dela irradiava através do seu sempre, sorriso franco.

Hoje, mamãe, passados dois dias de sua partida, eu olhei o céu e vi uma nova estrela e por constatar que ela reflete o brilho do seu sorriso, chorei. Chorei, porque aprendi “que nas horas de alegria, uma lágrima fala mais que sorrisos e palavras”...

Obrigada mamãe e obrigada Senhor, pelos anos que nos permitiu tê-la conosco e por tê-la levado de forma tão sublime!

Teresinha Pirôpo

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