Estamos permitindo que a Vontade de Deus seja feita em nossas vidas?Em nossas igrejas, temos cumprido planos conforme a vontade de nossos líderes, poucas vezes temos perguntado a Deus se realmente aqueles planos fazem parte do plano Dele. Simplesmente confiamos na capacidade de nossos líderes em criar planos de evangelização, acreditando que ele tem a devida habilidade, a devida informação e o perfeito controle dos acontecimentos, e por isso conquistaram o direito de criar planos MUITO mais eficientes do que aqueles que Deus criaria.
Famílias tem planejado viagens de férias sem sequer ouvir de Deus "Sim, vão! Esta é a Minha vontade!". No máximo tomam o cuidado (extremante egoísta por sinal) de dizer "Deus, abençõe nossa viagem e permita que todos cheguem sãos e salvos em casa.". Será que é esta a participação que Deus quer ter em nossas vidas? Apenas proteger e não mais guiar?
Nos casamos sem perguntar "Deus, esta é a pessoa que o Senhor reservou para mim?", simplesmente pensamos "Se esta pessoa está do meu lado até hoje, e eu amo tanto essa pessoa, então é a vontade de Deus que eu me case com ela.". Talvez seja mesmo essa pessoa, talvez não, mas é fato que não se está ouvindo Deus para tomar essa decisão.
Eu NÃO me submeto mais à vontade de Deus. Eu apenas a determino em minha vida!
Alguém já ouviu a expressão "Eu determino que a sua vida vai prosperar!"?
Mas quantas vezes já se ouviu a expressão "Deus, esqueça a vontade desta pessoa e faça o que o Senhor quiser na vida dela, não importa o que será feito, desde que seja a Sua vontade!"?
Pouquíssimas vezes, certo? Afinal de contas, quem gostaria de entrar num culto na expectativa de "melhorar sua vida" ou de "resolver seus problemas" e ouvir que Deus não busca satisfazer a vontade das pessoas. Quer você goste, ou não, de ouvir isso, essa é a verdade: Deus quer conquistar o nosso coração e não satisfazer nossos desejos!
E por sermos "crianças mimadas" que não querem ouvir um "Não!", nosso espírito se torna crítico em relação a Deus, passamos a ser irônicos com Deus. Podemos notar isso pela resposta que Caim deu a Deus quando questionado sobre onde estava seu irmão: "Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?" (Gênesis 4, 9). Em outras palavras ele diz a Deus:
"Eu, Senhor? Meu irmão, Senhor? Não é ele o seu 'queridinho'? Sou eu que sei dele? Desde quando eu sou o guardador dele?"No meio desse "show de mimos", nos encobrimos de questionamentos em relação a Deus. Vejam como são e para onde eles podem nos levar:
Questionamos o plano de Deus: duvidamos de Sua boa intenção para nossas vidas e nos rebelamos contra o fato de que seu modo de viver é o único que funciona. Vemos Deus como um desmancha-prazeres.
Questionamos os métodos de Deus: caso a barreira do primeiro questionamento seja superada, entramos na segunda barreira, consideramos que o plano é bom para nossas vidas, mas os métodos que ele usa para torná-lo realidade são MUITO complicados. Queremos explicações e a compreensão de tudo. O resultado é o descontentamento contra Deus e contra a vida.
Questionamos o tempo de Deus: o plano divino parece demorar demais e chegamos a dizer "Onde está Deus?". Avaliamos a vida por nosso tempo terreno, mas Deus avalia nossa vida com base na vida terrena e na eternidade. Vejamos o caso de Lázaro, se Jesus chegasse antes dele morrer, teria apenas curado um enfermo, mas obedecendo Seu próprio tempo, Ele fez algo MUITO maior, uma ressurreição.
Precisamos admitir que nossa avaliação sobre a vida é errônea, é falha, que nossos pensamentos não são como os Dele e que a nossa visão é limitadíssima.
Nossas decisões precisam ser baseadas não em nossos valores, mas nos valores da Palavra. Nossa visão precisa ser fundamentada não em nossas crenças, mas na crença da Palavra de Deus.
Somente desta forma será feita a vontade do Pai em nossas vidas!
Obs.: muitas informações e trechos deste post foram retirados e/ou adaptados do livro "A síndrome de Caim" de Jacó Vieira.
